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21 de out. de 2009

Entrevista a banda The Redskins!

Esta é uma entrevista um tanto velha aos Redskins realizada por Eva Kowalski em Londres em torno de 1986.
Talvez nunca tenha escrito tanto sobre uma banda com tão pouco cabelo. Os Redskins foram um grupo com quatro componentes. Tomaram como inspiração desde o punk até o Tamla Motown. Fora do plano musical, os Redskins foram jovens militantes. ... Sua ambição foi de cantar como os Supremes e andar como os Clash. O que os Redskins deram além das outras bandas modernas foi seu compromisso forte com o socialismo revolucionário. Eles não escreveram canções de amor. Questionado sobre se ele alguma vez havia escrito alguma, Chris Dean respondeu : "Não! Eu não quero aborrecer as pessoas com detalhes de minhas relações pessoais" . Para eles que definem ambas responsabilidades de música e preocupação política que foi exposto ao público :" O que verdadeiramente guia os Redskins é a situação política. ..Nós tratamos e

cantamos acerca de qualquer coisa que estivesse na atualidade política, debate e no momento em que existia confrontação entre o governo e a classe operária. Nós não somos uma banda pequena que vive em nosso pequeno mundo. "Você pode criticar aos Redskins em muitos aspectos, mas seu feito histórico é que eles deram um som brilhante a uma luta particular política-A greve dos mineiros de 1984- 1985. Esta greve foi a maior greve e mais longa na história Britânica até o momento. Afetou a centenas de milhares de mineiros, suas famílias e apoiadores. Ainda que a greve fosse uma greve defensiva, uma greve contra o fechamento, demissões e perdas, teve um impacto enorme e muitos músicos como os Redskins se uniram pela causa dos mineiros. e inclusive bandas como Wham! ,Bronski Beat, Style Council e mister Bruce Springsteen doaram dinheiro e tocaram em shows em beneficio dos mineiros, e assim pode durar contra os ataques do governo de direita de

Margaret Thatcher. A greve denunciou a intransigência da TUC união de empresários, o fracasso para parar o retorno do movimento operário, o comando de greve em completa sintonia. As coisas mudaram desde então. Umas poucas e curtas greves e duas manifestações enormes de centenas de milhares de mineiros e outros trabalhadores em Londres em 1992 convenceu o governo Britânico a desistir dos planos de fechar as minas que continuam funcionando. O retorno da classe trabalhadora no outono de 1992 deixou o partido conservador numa situação um tanto complicado.

>>>>Quando surgiram os Redskins?
Chris: Em 1981. Primeiramente o grupo era formado por eu, Martin e Nick, que era o outro baterista que tínhamos antes que entrasse Paul. Nos chamávamos No-Swastikas.

>>>>Com um nome como Redskins, sois um grupo fundamentado nos skinheads?
Chris: Realmente não. Se perguntas pela influência, é muito variada, não há tantos skins de cabo a rabo.

Na época do 2-Tone, no final dos anos 70, havia bastante skinheads, mas agora são a minoria. Juntam-se com alguns punks, soul boys, pessoas que curtem a música para dançar. É uma influência muito variada também na idade. A maior popularidade que consegues é com os jovens, e mais com as garotas que com os garotos fãs dos Clash.

>>>>Quanto aos skinheads fachos, podéis mudar suas idéias?
Chris: O conceito errôneo foi sempre que todos os skins eram fachos, o que não é assim. Si te fixas na influência dos Specials, dos grupos 2-Tone, dos Madness, haviam muitos skinheads, muitos skins antiracistas, vermelhos e socialistas. O nome Redskins veio de um grupo de skins de Sheffield que estavam no Partido Comunista. A maioria da juventude esquerdista está em organizações trotskystas ou no Partido Laborista, porque nas organizações stalinistas havia muita gente vilha. Entretanto era uma coisa

fora do normal, muito estranha, com que fizesse todos estes skins no Partido Comunista. Alguns estavam no Partido Laborista, outros no SWP. Ali havia sempre skins vermelhos. A maioria da juventude da clase operária não tem idéias racistas arraigadas, mais também existem idéias de direita. O que quero dizer é que se conseguem alimentar idéias fachas tempo todo, obviamente este se reflete n a mentalidade dos jovens. Com o passar dos anos encontramos com skinheads e, fizemos efeito. Há muito poucos, é mais pertinente levar em conta tanto os garotos que vão ao soul oo rock´n´roll ou o que seja, e que nós possamos afetar-lhes politicamente, porque os skinheads são um número muito reduzido. Dentre eles, sim, conheço alguns que são de esquerda. Realmente não temos nenhuma influência sobre o pessoal daFrente Nacional ou sobre skinheads fascistas. Obviamente, nossas idéias são totalmente opostas.

Paul: Uma coisa importante é que variamos sua identidade estética, agudizamos sua forte simbologia de que homens jovens de cabeças raspadas com grandes botas são violentos. Sendo um grupo skinhead, sendo esquerdista fica desacreditado o que difundem, a força de seu aspecto. Por isso, ainda que não tenhamos nenhum skinhead da FN(Frente Nacional) que mudou sua forma de pensar, ao menos fizemos uma coisa, diminuir a potência de sua estética. A FN tem tentando recrutar jovens despolitizados. Posso contar algo histórico: li um livro chamado "The Classic Slum" (O clásico bairro baixo), de Robert Roberts, que era distribuído com as memórias de um homem que vivia num bairro destes, em Warrington, ao norte da Inglaterra, entre 1895 e 1910. Era um tempo muito repressivo para os trabalhadores. Tinhas um trabalho durante dois anos e depois estavas parado outros dois. Robert Roberts neste livro descreve grupos de jovens parados, reunidos nas esquinas das ruas calçados com botas de operário, calças de trabalhador, cabelo raspado... homens e mulheres assim, e isto era em 1905!. Haviam skinheads em 1905. Realmente esta era uma estética de frustração, de enfado, de juventude desencantada, e atualmente nunca será um uniforme da juventude facista. Os skinheads são um fenômeno, mas não novo.

>>>>Mas destruíram vossos shows?
Chris: Sim, fizeram no passado. Haviam muitas ameaças. Sempre haviam rumores de "isto vai passar, o que que vai passar?", e só ocurreu 2 ou 3 vezes. Quando tocamos num festival grátis ao ar livre com "The smiths", organizado peol Great London Council, a FN destruiu o show, e houve também outro par de shows em que haviam um grupo de skins no público que gritavam “sieg heil” e outras besteiras. Nos enfrentamos com eles, senão as pessoas o fariam.
Martin: Quando tocamos na Holanda a última vez, o fizemos em Utrecht com Billy Bragg, e habiam alguns skinheads fascistas alemães e houve bronca. Mas isto foi algo que estava dentro do possível, mas atualmente a possibilidade de ter bronca é maior.
Chris: Mas o ano passado quando fomos atacados no Great London Council a situação era adversa. Tudo o que tinham que fazer era atacar 3 ou 4 shows seguidos e destruí-los. Inclusive se eles não ganham, os promotores não querem que toquemos nunca mais. Depois deste único show os promotores começaram a dizer "os Redskins são problemáticos, são muito violentos, demasiados problemas". Queriam terminar conosco. Poderiam querer-nos no ano passado mas não agora. Não creio que nos vissem como uma competição em nenhum aspecto. São tão malditamente débeis. Nos vêem como um grupo pop. Agora somos um grupo pop e isto tem limitações, isto é fantasticamente forte, ser as vezes revolucionário e músico, porque em muitos sentidos as duas coisas são simplesmente contrárias uma a outra. Algo que dissemos faz tempo, algo que falamos no "Socialist Worker", quando falávamos sobre fazer uma entrevista para a revista recentemente, é que as contradições se voltam cada vez mais e mais agudas.

>>>>Assim duvidais que a música possa mudar o mundo?
Chris: Muita gente tem grandes idáias sobre o punk. As pessoas tem a romântica idéia de que a música pode mudar o mundo, e toda classe de idéias irrisórias e ridículas, como que a música por si mesma é poderosa, mas isto não é assim. Isto só ocorre quando está ligada à luta política, como durante a greve dos mineiros, então é realmente quando a música começa a significar algo. Me refiro ao número de grupos, grupos políticos que tocaram no ano passado para a greve, eram muito menos que o número de grupos que cantavam canções políticas de alguma classe em 1976-1977, e isso ainda impacta em períodos concretos e em algumas atividades agora muito maiores. Porque no final dessa época tão punk, se venderam discos e se fez dinheiro, mas tudo isto ficou esquecido, sem estar ligado a nada. Olha a Grã Bretanha neste período, exceto entre os anos 1976 e 1978, e como pode-se ver, o nível de luta política era mínimo, o nível de luta com as empresas era mínimo. Tinha música que tocava no mais completo vazio.

>>>>Então como tentais combinar a política e a banda?
Chris: Se tocamos em Manchester, o pessoal do SWP cuida sempre de vender nossas publicações do lado de fora. Se atualmente tocamos num show, não temos tempo para estar fora vendendo-as. Então as pessoas não comprarão nossas publicações ou boletins, mas estarão falando sobre a atividade por muito tempo. Martin e eu, se estamos aqui na cidade e não no estúdio de gravação, onde estamos os dois últimos meses, não podemos estar relacionados com o partido. Então vendemos nas atividades em uma banca em Wilsdon as sextas pela manhã, aos sábados pela tarde, vamos as reuniões ou o que seja. Quando mais fizemos coisas foram em nossos shows durante a greve dos mineiros. Haviam comitês de grupos de apoio aos mineiros, Women Against Pit tinha um comitê, os laboristas tinham um comitê, o SWP também, haviam vendedores do Socialist Worker fora... A atmosfera inteira era correta e militava-se, não era algo ocasional. Em meio a toda esta atividade se podia ter gente vendendo publicações. Era tudo parte daquilo, todas as discussões sobre o tema, mineiros falando na cena. Há muito glamour no rock´n´roll. As pessoas davam mais atenção, porque que tínhamos muitos mineiros falando porque era muito mais importante o que eles diziam que todas nossas canções. É muito mais importante escutar alguém de uma mina que eu dizendo "amanhã todos vocês deverão estar aí, na linha de piquetes, deveis organizá-los assim". As pessoas diriam "quem você pensa que é caralho?", porque isto é um discurso, enquanto que se isto vem de um mineiro, de um trabalhador da mina que está em greve, alguém que tem que está ouvindo, que tem que estar na linha de piquetes no dia seguinte, é algo mais. O resumo de tudo isto, de dar dinheiro por solidariedade, não é que faz por uma razão moral ou porque a população está sofrendo, já que a população sofre todo o tempo. O propósito das arrecadações é que temos que estar de acordo com a população. Se sai por aí arrecadando tens que estar de acordo sobre porque eles te defenderiam. Então não é o dinheiro no bolso que é tão importante, é o movimento, a atividade em si, o que te empurra a meter a mão e tirar o dinheiro; e então é possível voltar na semana seguinte e dizer: olha, estamos enviando uma delegação pra defender uma linha de piquetes, podes ficar aqui ou podes vir e dar uma mão. Ali haviam muitos grupos que deram royalties, pessoas como Sade, que discretamente deu um disco de ouro ou alguns benefícios aos mineiros e ninguém nunca soube. Creio que deveriam publicar isto. Não se trata de um assunto de jactância, deve estar bastante claro. Defendemos aos mineiros e isto é o por quê.

>>>>Mas na cena não dizes nada acerca do SWP, por quê é um membro, por quê apóias isto?
Chris: Não especificamente. É uma questão de decisão. A pergunta é também: por quê não pões no final de teus discos "une-te ao SWP"?!. Uma situação que considero que seria correto fazer isto, é se estás no meio de uma greve geral e tens um disco saindo. Atualmente é diferente. Quando o SWP vem conosco e nos perguntam se podemos anunciar tal ou qual atividade, pois sim, nós anunciaríamos, se fariam concentrações, manifestações. Eles pensam, pensavam que poderíamos impulsionar mais o partido. Mas isto seria completamente fogo sobre a cabeça das pessoas se falássemos sobre a sociedade ou sobre o SWP a todo momento entre canções. Pegamos as coisas as vezes. Mas a idéia de fazer uma versão musical de memórias revolucionárias está bastante fora de época. Nada poderia ser pior, que toda a ideologia correta em grupo, deve ser muito aborrecedor e muito chato. Mas de todas as maneiras creio que deveria haver coisas para vender em todos nossos shows, porque ali há pessoas que podem estar interessada em nossas idéias. Também é verdade que há ocasiões nas quais a propaganda pode ser muito específica muito concreta, e está claro que nós não decidimos quando são esses momentos, nos quais a classe operária realmente luta. No momento, porque a classe operária não está realmente lutando, o Redskin é uma propaganda abstrata. É como dar um tiro no escuro. É difícil encontrar algo que se una com as experiências das pessoas. O importante é entender até que ponto estamos afetados pelo que ocorre no mundo e na classe operária inglesa e em suas lutas. Podemos dizer as coisas mais extremas na Tv, podemos fazer uma entrevista com uma publicação que venda 25.0000 exemplares. Podemos fazer as coisas mais extremas, mas isto realmente não nos fará ganhar um ponto a nosso favor, porque isto é algo simples, algo marxista que deves relatar as pessoas e onde suas idéias estão. As pessoas nos fazem saber o que somos. Todo mundo sabe que nó somos skins do SWP. Todos os jornalistas querem saber isto. quem são esses lunáticos marxistas sem cabelo?. Sempre lhe deixamos muito claro.

>>>>Se és tão dependente do movimento, que farás se vai ao refluxo?
Chris: Está em refluxo neste momento. Tens que reconciliar-te com o fato de que a propaganda que fazes é bastante abstrata e tens que pensar muito, muito mais fortemente sobre como unir a influência das coisas. Tens que pensar realmente claro se vai fazer uma entrevista para uma revista de público jovem. Se vais falar pra juventude tens que falar sobre coisas que lhes afetem, como por exemplo os trabalhos que tem. Para reduzir seriamente o número de desempregados a única coisa que fazem é empurrar-lhes para a chamada educação.
Paul: São mão de obra barata, trabalham numa espelunca por 20 libras na semana e não aprendem nada de nada.
Chris: Aprendendo a varrer a rua. Te dirão que aprenderás e que terás experiência nuna espelunca, experiência em negócios comerciais, e enquanto tu está varrendo as ruas, e com uma merda de salário. Temos que utilizar aqui e ali essas pequenas coisas que nos relatam as pessoas. Inevitavelmente então retrocedes muito mais na tua música. Durante a batalha dos mineiros não paramos pra pensar sobre nossas canções. Por alguma puta razão haviam coisas muito mais importantes nas quais empregamos o tempo que em estruturar uma música. Todo o tempo estávamos ocupados na política e em nível organizativo. Agora vês que temos mais tempo para dedicar-nos a nossa música e melodias.
Paul: Estou de acordo. Isto significa voltar ao trabalho para assegurar que a população comprará nossos discos quando o próximo conflito chegar.
Chris: Tivemos uma grande crise depois das greves mineiras, e a influência foi baixando. Milhares durante as greves e 500-600 agora. Durante a greve, por um ano, nunca pensei "Que porra estamos fazendo?". Era óbvio, agora é distinto. Isto é o que passa quando a cultura fica dividida por esta luta, escritores, pintores, como o escritor alemão Bertold Brech, que foi expulso por Hitler, todos tiveram que se enfrentar com este tipo de problemas. Os Clash também passaram o mesmo. The Clash pensavam sinceramente que haviam feito demasiado por seus próprios meios. Estavam completamente fora da realidade sobre o que estava acontecendo em 77. Se perguntares as pessoas o que acontecia em 77, ninguém poderá recordar nenhuma outra coisa fodida salvo o PUNK, é a única que posso recordar, isto é tudo o que penso. Enquanto que de 1979 recordo a grande greve no setor metalúrgico e a quantidade de pequenas greves das fábricas da indústria motora. Em 1984 foi a greve mineira, as Docas, os trens...Em 1977 nenhuma coisa fodida coisa destas, estava acontecendo, mas a música que faziam os Clash nos fazia crer que estávamos na metade de uma sangrenta revolução, era muito grande, brilhante, esteve bem e soava a revolução.... mas não significou nada. No final do punk só ficaram alguns poucos fiéis. Muita gente que tentou, como Mark Perry, os Buzzcocks, the Gang of four..Não era só o fato de tentar mas era uma teimosia. Não havia um transfundo de greve, ou algo semelhante, senão só muita gente entusiasmada. Muitos amigos meus pesaram que era o fim da indústria musical.

>>>>Quereis ser estrelas do rock?, é uma pergunta um tanto vulgar, mas...
Chris: Não, não é. Pode soar como uma pergunta simples, mas não é. Poderias dizer não, no sentido que tenho eu dessa idéia.
Paul: Creio que todo mundo quer ser uma estrela, sem pensar em que. Eles querem ser reconhecidos e é bastante claro que os Redskins também querem.
Chris: Queremos ser populares. Não para viajar em limusines, nem para que nos reconheçam pela rua, mas sim queremos ser populares. É como a arte que deveria ser popular mas deveriam tratar das pessoas agressivas, difíceis e conscientes, desejando mudar suas vidas, desejando mudar a história. Tu tens que ter um conceito agressivo da palavra "popular".Muito da música pop chama a mais passiva popularidade, isto é, ao senso comum. Algo que é facilmente aceitável, música que não é particularmente boa mas que é razoável. Não é apelação, simplesmente chama. Não é o importante é somente atraente, é uma matéria de quem e como. Como chamas a atenção e que efeito tem. Se tocas num estádio diante de milhões de pessoas, e estas somente vão ali por que apreciam o ruído, nós seríamos um puto fracasso. Se nós tocamos para 2.000 pessoas e logo alguns se acercam para discutir política, isto é muito melhor. Se queres, podes fazer um truque para tornar-se mais popular, mas a dura realidade é que todas tuas idéias podem seguir ali mas a maioria das pessoas que te seguem estão sendo enganadas. Eu não penso que queiramos ser estrelas mas não queremos passar despercebidos. Nós somos agressivos por isso, devemos ser.
Paul: Continue fazendo o que você faz e atrairá mais e mais gente, isto é um grande apoio, e significa que somos algo para eles.
Chris: Durante os shows várias pessoas vem até nós dizer como a influenciamos. Isto é o que te faz continuar. Mas isto não é suficiente, há muitas limitações. Em certo nível podes influir nas pessoas, fazendo-lhes ver tal e tal coisa.
Paul: Mas quando tu diz as pessoas que apóiem certos movimentos revolucionários, é algo diferente.
Chris: Isto é um grande salto de consciência. Há muito trabalho difícil, necessário para conseguir isto: Vender o jornal semanalmente, discutindo, organizando a luta. Isto é uma locura pra maioria. É reunir gente não consciente. Em fim, é mais fácil ir a um show dos Redskins que comprar o jornal "The Socialist Worker".

*Entrevista concedida ao zine Blood Red em 1986. Traduzido a partir do castellano.

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